tag:blogger.com,1999:blog-67228162511441938062024-03-13T13:57:39.770-07:0005:00am lapsos de memória.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11107996720110869242noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-6722816251144193806.post-38631354786768265182013-01-30T18:17:00.002-08:002013-01-30T18:17:46.235-08:00<div style="text-align: justify;">
Voltar a estar contigo nas mesmas ruas por onde me apaixonei, é senti-me no mesmo espaço mas num espaço temporal diferente. Recordo tão bem o pequeno homem que me amava incondicionalmente e andava de mãos dadas por estas ruas. Agora vejo duas pessoas que se entregam ás drogas e divagam discursos, puxam assuntos antigos só para demonstrar que ainda estimam as antiguidades de recordações. Fomos tão mais do que isto, somos tão mais nada daquilo que se foi, juntos. E vê lá tu bem, que eu nem nunca tive a oportunidade de me despedir de ti. Parabéns à morte de nós dois, comemora-se o fim no mesmo espaço aonde se deu o início. É ainda o meu amor por ti que te acende o rosto no próximo deslumbramento.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11107996720110869242noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6722816251144193806.post-25274806061537649592013-01-22T06:19:00.001-08:002013-01-22T06:20:53.866-08:00Querida Verónika, nrº11<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Deito-me observando o céu. Respiro fundo, dou mais um bafo num cigarro saturado e sinto o pesar da consciência. Sinto o desgaste das palavras, a minha incapacidade de constituir-me num só texto coerente conferiu-me a possibilidade de ser muito. Então se calhar é na minha desarrumação, que se manifesta a minha grandeza, Verónika. Foi precisamente a fingir que eu fui espantosamente verdadeira e honesta contigo. Foi a fingir para se viver bem, e para se viver bem é preciso manter o sonho, sem nunca realizá-lo, tendo em conta que a realização sempre foi inferior ao sonho. Sonho fingindo, sentido tudo de todas as maneiras, não na carne que sempre cansa, mas na imaginação.</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/11107996720110869242noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6722816251144193806.post-31231587078864700332012-12-13T07:25:00.002-08:002013-01-22T06:20:29.056-08:00Querida Verónika, nrº10.<br />
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Sento-me no meu espaço vazio e começo a sorrir. Tento englobar no espaço a sensação deste novo espaço. Sinto só mais um tédio. O espaço é novo mas os pensamentos continuam os mesmos, por isso já sinto a antecipação de mais tédio na vida. Mas eu precisava de abandonar aquela página, Verónika. Eu entrava lá, era só mais um bafo e lia, só mais um bafo e perdia-me em pensamentos abstractos; alegrava-me ir ver ou então havia aqueles dias em que eu tinha que ir ver só porque sabia que iria pesar ao ver, e quantas vezes não nos temos que carregar com peso perdendo a força e o equilíbrio Verónika?; só mais um bafo para mais uma reflexão e perdia-me na fixação destas minhas sensações. Envolvo-me no que escrevi, porquê escrevi e a que me dirigi - A repetição incessante de escrever pelo mesmo motivo, pelas mesmas pessoas, pelas minhas inconsciências pelo mesmo cansaço...</div>
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E aquela página já não era senão um espaço completo de decadência, precioso em antiguidades que deixei por lá. E eu tenho amor àquilo talvez porque não tenha mais nada para amar. Precisei de fugir dali só para diminuir a febre do meu cansaço mesmo sabendo, de forma inconsciente que aquilo será sempre a minha fuga e o meu refugio.</div>
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